Fuga
FUGA - A exposição intitulada “Fuga”, primeira exposição do RUMOS objetiva dar a perceber uma constelação crítica e nada festiva do moderno em Goiás, sobretudo aquilo vinculado a marcha pro Oeste, a política do Estado Novo e a inauguração de Goiânia. Mas também a ficção extrativista, ao constante genocídio das comunidades originárias e dos povos tradicionais, as políticas autoritárias ainda vinculadas ao bandeirantismo, a captura.
Nos deixemos olhar por algumas das heranças dos reais donos da terra, feridas coloniais-modernas ainda abertas, além de entrar em contato com as marcas traumáticas deixadas pelas expedições de colonizadores que aqui chegaram, assim como a sua constante ameaça, chacina e roubo. Mergulhemos na água do rio enquanto lugar de saberes e do epistemicídio e genocídio dos parentes vivos e não vivos, o que é do âmbito do ecológico, social e espiritual, intentando discutir questões referentes à cartografia moderna-colonial, recapitulando a História de Goiás, da ocupação desse cerrado, as lutas, a violência e sua redistribuição.
Daqui, distante dos centros hegemônicos e de acumulação do sistema da arte, uma das periferias do circuito da arte, que esse grupo plural e diverso de jovens artistas, curadores, professores e pesquisadores se propuseram a frustrar o que as estruturas políticas, econômicas e sociais previram enquanto linhas do horizonte, riscando outras linhas de força, produção de mapas e pontos de fuga. Delineando táticas de guerrilha e instrumentalização do olhar, plataforma política de intervenção no corpo-território capitalizado de um sistema colapsado, e na concorrência das políticas de representação e dos regimes de verdade. Tensionando nesse cenário aquilo que está à venda, ou as raízes que apontam para o projeto de ficção colonial de Nação, de dominação e “progresso”, relacionado às nossas memórias e esquecimentos, à isso que escorre e sempre escapa.
Adriano Braga, Andresa Moreno, Gustavo Machado e Nutyelly Cena.
Leituras:
CHAUL, Nars Nagib Fayad. A construção de Goiânia e a transferência da capital. Goiânia: CEGRAF/UFG, 1988.
ESBELL, Jaider. Tardes de agosto, manhãs de setembro, noites de outubro. Boa Vista: Edição do Autor, 2013.
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina.
SOBRAL, Divino. Um espelho para a identidade da arte goiana. Revista dos anais do 1 Encontro Centro-Oeste da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas – ANPAP. Goiânia: Faculdade de Artes Visuais/UFG, 2006.
KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. Editora : Companhia das Letras; 1ª edição (18 abril 2020).
KILOMBA, Grada. Memórias de Plantação. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
Mbembe, A. (2017). Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona.
MOMBAÇA, Jota. Rumo a uma redistribuição desobediente de gênero e anticolonial da violência. Oficina de Imaginação Política e 32ª Bienal de São Paulo, São Paulo, 2016.
Quartil. Calendário. Da série Hieróglifos, 1977
Serigrafia
Quartil. Calendário (1977) é uma obra em serigrafia, pertencente a série Hieróglifos realizada pelo artista goiano Paulo Fogaça (Morrinhos-GO,1936-Goiânia-GO,2019) no decorrer da década de 1970. Esse trabalho forma um conjunto de quatro calendários divididos por “quartis” que correspondem às estações do ano, sendo que os mesmos são diferenciados em suas cores.
A série Hieróglifos é formada por um conjunto de obras em que Fogaça experimentou não somente a serigrafia, mas também o carimbo e audiovisual de diapositivos (slides). Nessa série Fogaça referenciou a situação social e política do país através do uso recorrente do arame farpado, um elemento particularmente encontrado no meio rural. O arame farpado foi, dessa forma, proposto pelo artista como elemento e imagem que simbolizava, metaforicamente, o poder militar associado à ideia de cerceamento de opiniões e ações, ou seja, do estado de opressão pela qual o Brasil encontrava-se desde a implantação do regime militar em 1964. Além do que, o arame farpado também pode ser pensado no contexto do poderio econômico, como símbolo do poder latifundiário, da concentração de terras em grande escala questões incitadoras de inúmeras injustiças sociais.
Em Quartil. Calendário não temos o arame farpado em sua totalidade, mas tão somente a farpa, desestruturada, dissecada, destacando no fundo neutro do papel, seus nós e ganchos. Fogaça, através da serigrafia, construiu um calendário em “farpas” seguindo uma estrutura geométrica aos modos de um calendário usual nos propondo pensá-lo em relação associação às ações repressivas que faziam parte de nossos dias.
O arame é o suporte da farpa, esta quando vista em dissecada em suas diferentes partes aponta para algo que pairava sob o Brasil daqueles tempos de repressão. Esse objeto agressivo com sua ponta fina surra, lesiona, dilacera; seu nó cingido aperta, reprime, sufoca. Apesar de Paulo Fogaça ter materializado a imagem da farpa para comentar um período hostil no cenário brasileiro, os dos anos 1960/70, há de se pensar na atualidade dessa produção - texto de Rosane Andrade de Carvalho.
Rosane Andrade de Carvalho licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG/2006). Mestre em Cultura Visual pelo PPG em Cultura Visual (FAV/UFG/2008). Doutora em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (2017-2020). Professora de Artes Visuais da rede municipal de Goiânia/GO. Em suas pesquisas, dedica-se aos estudos da História da Arte, Cultura Visual e estudos da imagem. É autora do livro “Paulo Fogaça: o artista e seu tempo” pela Editora da UFG.
Yara Pina
Corpos incorruptos, 2021
Facões, gotas de vela, fuligem, penas
Dimensões variáveis
Corpos incorruptos é sobre os processos de luto que permeiam os corpos das vítimas de massacres em presídios. Detentos que tiveram seus corpos esquartejados, decapitados e carbonizados por integrantes de facções que por meio de suas armas espetacularizavam, entre as fumaças pretas das chamas de incêndio, cenas de barbárie transmitidas ao vivo pelos aparelhos celulares. Os corpos das vítimas quando não identificados pelo Estado são entregues às famílias faltando pedaços – sem órgãos, cabeças, membros - ou em estágio avançado de decomposição. Muitas delas não tiveram direito a velórios, sendo exumadas de forma improvisada ou até mesmo enterradas em valas comuns ou como indigentes - Texto da artista.
Yara Pina é artista e bibliotecária. É graduada em Biblioteconomia e Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás. Possui interesse em investigar diferentes contextos sociais e históricos, explorando os rastros da memória da violência e suas inscrições sobre os corpos violados e ausentes. Em suas ações, a artista busca transitar entre a presença e a ausência deixando no espaço físico apenas vestígios da passagem de seu corpo. Vive e trabalha em Goiânia.
Rafael Vaz
Maria Bôbobô, 2020
Giz de cera, Lápis de cor e nanquim
Maria Bôbobô, Dona Maria, conhecida por Bôbobô, foi uma mulher que viveu em Altamira-PA e se tornou uma dessas personagens locais na qual todos da cidade conhecem.Adorava usar adereços e não rejeitava se ganhasse uma pulseira ou colar de presente. Juntava junto aos outros que ela achava e se montava.Seu retrato é um registro de sua referência performática e artística que a tornou essa célebre senhora lembrada e eternizada pelos cidadãos altamirenses.
Rafael Vaz é altamirense e mora a 12 anos em Goiânia, aqui, se fez artista. Poeta e Artista Visual, seus trabalhos contam as histórias de dois mundos. Orún e Aiyê influenciando constantemente suas criações.
Iêda Figueró
Figueira planta do impossível chão, 2021
Colagens digitais
dimensões variáveis
Figueira planta do impossível chão.
Lidiane Kariú
Sentinela, 2021
Guache em papel
A4
A pintura Sentinela foi insirada no encantado caburé para expressar o nosso permanente estado de vigília em relação aos direitos indígenas que são ameaçados diariamente. O sentinela é um guardião kariú que se encantou na coruja Caburé, ele é um guardião sentinela da noite que faz a guarda e proteção de Itaperabuçu, território sagrado do nosso povo. O Caburé é um guardião da noite, ele conhece os segredos e os perigos noturno, tem um olhar transparente e penetrante, ele roda o pescoço para enxergar tudo, ver o que ninguém pode ver, escuta o que ninguém escuta. Quando avista um intruso ele canta para avisar a floresta a presença do intruso.
Olho, 2018
guache em papel
Trazendo esse aspecto difuso, nebuloso e arregalados para espectador, o Olho é um portal de comunicação e conexão com o mundo dos encantados, que possibilita o autoconhecimento e a percepção de nossa existência enquanto sujeitos coletivos.
Menino, 2020
guache em papel
A obra “menino” surge no contexto de pandemia, e nela a criança é retratada com um olhar assustado, que remete a uma expressão de medo. Denunciando o medo e a incertezas causados não apenas pelo vírus da Covid-19, mas também o medo da fome, a incerteza da vida causada pelo acirramento das desigualdades socioeconômica no Brasil no período de pandemia.
kerú, 2021
guache em papel
Kerú em Dzubukuá é traduzido para o português como coração. O coração é popularmente conhecido como o lugar do afeto, das emoções e de vários outros sentimentos. O kerú é com certeza, um apelo à multiplicação dos afetos positivos no mundo.
Lidiane da Conceição Alves (Pãxi Kariri), pertence ao povo originário Kariú Kariri do Maranhão/Brasil. Mulher da terra, das raízes e das sementes. Filha das águas, cri- atura dos rios. É uma artivista em construção, forjada na luta e aprendiz das artes e dos saberes ancestrais de cura. Liderança política do seu povo, atua na linha de frente das articulações de acesso aos direitos indígenas e nas estratégias de luta contra a Covid-19 em sua co- munidade
Cássia Nunes
Visita-Guiada ao Complexo das Artes Goianas, 2021
Fotoperformance
Série de cartões-postais impressos em papel couchê
Registro: Glauco Gonçalves e Thiago Lemos
Jogo performativo envolvendo elementos do imaginário da cultura goiana, de paisagens urbanas da capital do Goiás e de práticas institucionais do campo da arte e do turismo. Vestindo uma máscara da tradicional festa das Cavalhadas de Pirenópolis-GO, a artista se transforma numa vaca super-heroína conduzindo o público como fazem as educadoras de museu ou guias turísticas. O roteiro percorre o Complexo das Artes Goianas formado pelo Catiródromo e pelas galerias públicas de Artes Plásticas, Artes Sacras, Construtivismo Goiano e Arte Contemboiânia situados na GO-080 - texto da artista.
Cássia Nunes, Uberaba-MG, 1984, vive e trabalha em Goiânia-GO. Experimenta a performance como lugar possível na criação de encontros, fricções de desejos e atravessamentos políticos. Participa da idealização e produção do ROÇAdeira – Encontros Performáticos em Lugares Improváveis, da articulação do Sind-Lauper – Sindicato das Loucas Artistas Unidas da Performance e do Acocoré - Arte, Coletivos, Conexões e Redes. Integrou encontros e festivais de dança e performance, residências artísticas e exposições coletivas. Graduada em Ciências Sociais pela UFU e Mestranda em Artes da Cena pela UFRJ. Professora da rede estadual de Goiás com atuação em projetos educativos desenvolvidos em museus e instituições de artes visuais.
Raisa Cavalcante
Entradas e Bandeiras, 2015
Fotografia Laminada sobre PVC
A artista, Raisa Cavalcante, ao realizar o site-specific, vestindo um colete de vendedor de ouro no monumento "Bandeirante" em pleno setor central de Goiânia, substitui sua condição de desbravador e herói, por de um simples trabalhador de rua que, ironicamente, vende o minério, produto de ambição branca, responsável pela morte de centenas de indígenas. Dessa forma, Cavalcante produz por meio de sua intervenção no espaço urbano, questionamentos políticoa, poéticoa e filosóficos - Texto de Paulo Henrique Silva.
Raisa Cavalcante, 33 anos, artista visual e arte-educadora em (trans)formação. Nas Artes Visuais desenvolve principalmente a linguagem contemporânea da imagem como a performance, a fotografia e a ressignificação de objetos. Filha da Serra Dourada e neta simbólica de Cora Coralina, trabalha com a matéria prima da vida e da pérola barroca, jóia de água doce, paradoxo da forma perfeita em seus desdobramentos. Estuda o feminino nos corpos e símbolos. Participou de exposições coletivas em 2013 e 2015. Como arte-educadora em transformação, busco encontrar na patrimonialização lúdica e afetiva da memória, algum sentido para a narrativa social revisitada, reinventada e poetizada, buscando a transformação dos espaços através das memórias.
Helô Sanvoy
Sem título (notícias populares), 2022
Recortes em jornais
“Notícias Populares” consiste em um conjunto de trabalhos que partem da utilização de jornal impresso como meio para produção. O jornal aqui é entendido como uma espécie de diário dos acontecimentos da sociedade, tendo essa dupla função: narrativa e documental. Uma vez que esse caráter narrativo e documental está sujeito a uma série de fatores, como questões econômicas e políticas, essas narrativas podem gerar panoramas informativos sujeitos a recortes curatoriais bastante parciais. O jornal tem um caráter simbólico. Tenta-se trabalhar com ele, tanto com sua materialidade quanto com esses panoramas narrativos formados a partir das suas notícias - Texti do artista.
Helô Sanvoy é natural de Goiânia (1985). Vive atualmente entre Goiânia e São Paulo. É mestrando pela ECA/USP e licenciado pela FAV/UFG. É membro do coletivo de performance Grupo EmpreZa desde 2011. Como artista individual realizou exposições individuais no 30ª Programa de Exposições do CCSP. CCSP (2020), no MAC/GO (2014), e na CAL/UnB (2014). Participou de exposições coletivas como: Bienal 12 – Feminino(S) Visualidades, Ações e Afetos (Bienal do Mercosul); “ZONA DE PERIGO”, no MON (2016), “Imagens Que Não Se Conformam”, no MAR-RJ (2021). Possui obras em acervos como: Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS); Museu de Arte do Rio (MAR): Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC-GO).
Carlos Monaretta
Auto retrato, 2022
Chapéu de tecido sintético e fotografias 3x4
O trabalho intitulado Autorretrato é exercício que se dá com as visualidades que compõe a cidade, mas é instância de reflexão do que se imageia diante das políticas de representação e construção das imagens, ligadas aos seus múltiplos territórios. "Tenho apresentado inversões dos modos de ver a cidade e me utilizo da ocupação do espaço urbano, partindo da análise de tais relações, através do trabalho realizado por vendedores ambulantes e catadores de materiais recicláveis" - texto do artista.
Carlos Monaretta, nasceu em 1995 na cidade de Guarulhos-SP, atualmente vive e trabalha na cidade de Goiânia-GO. É licenciado em artes visuais pela FAV- UFG. Desde 2016 participa de exposições em instituições públicas e privadas, destas destacam-se: Abre Alas, Galeria A gentil carioca (2022), Salão Ver-ão no espaço Oasis, ‘’Novas Aquisições, Coleção Aldir Blanc Galeria Antônio Sibasolly’’ em Anápolis-GO (2021), ‘’2° Bienal das artes do SESC-DF em Brasília-DF (2018). Participou das residências artísticas: Projeto Volante, Edifício da Calle San Lazaro, Havana, Cuba (2021), ‘’Projeto Trampolim’’, MAC, Museu de arte contemporânea, Goiânia Goiás. Atualmente tem investigado os processos de existência, resistência e trabalho a partir da proposição de deslocamentos e inversões dos modos de ver a cidade, uso e ocupação do espaço urbano, analisando tais relações através do trabalho realizado por vendedores ambulantes e catadores de materiais recicláveis.
Zé Cezar
Trabalho da série Metropolis, 2019
Recorte em papelão
Dimensões variáveis
Os trabalhos da série Metrópolis são produto de uma investigação muito particular do mundo urbano, trazendo uma discussão no campo da gravura em terreno estendido e em âmbito experimental. As obras vinculadas a “metrópole”, assunto que, para o artista, interessa a todos os que vivem e os que não vivem na cidade trazem um debruçamento e estudos sobre a matriz da gravura enquanto suporte de concepção de arquiteturas, que remetem a uma cidade imaginada, para além disso, a materialidade do papelão denuncia outras arquiteturas informais em nossa geografia social.
Zé Cezar é professor Titular de gravura na Faculdade de Artes Visuais e no Programa de Pós-Graduação em Artes e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás, desde 1980, artista plástico, gravador e percussionista da banda Umbando, um dos ícones das artes no Centro-Oeste, possui exposições realizadas em Goiânia, na tradicional Cidade de Goiás. Além de Jataí, Anápolis, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro. Assim como em Madri (Espanha), Brisbane (Austrália), Lima (Peru), Varadero e Havana (Cuba).
André Felipe Cardoso
Picote, 2022
Cola, pepel linho, betume, carvão, acrílica e linhas de algodão sobre chassi de madeira.
PICOTE é um dos desdobramentos da minha pesquisa no campo tridimensional. Nesse trabalho abordo as formas geométricas como arquétipos existentes na arquitetura e as organizações destas formas como desfecho de práticas manuais interligas a cultura regional, traçando assim atravessamentos e intercâmbios entre artesanias e representações geométricas e padronagens em ambientes urbanos.
André Felipe Cardoso,1997 – Minaçu-GO, vive e trabalha em Goiás-GO, trabalha principalmente com colagem e seus desdobramentos. Tem investigado as relações de vínculo com os lugares e os deslocamentos no processo de transformação e ocupação dos territórios, apropriando-se de materiais que são direcionados em sua produção como símbolos-dispositivos para reencontros de memórias individuais e coletivas.
Bulacha
Revoada, 2015
Objeto 1 e Objeto 2
Madeira reciclada, galhos de goiabeira
“Revoada” tomou a cidade e aparece com uma intervenção na Avenida 85 com a instalação de 19 casas de passarinho sendo o primeiro condomínio aberto em um bairro nobre da cidade, no qual problematiza a expansão do progresso em que a cidade cresce e a natureza desaparece a intervenção também leva para o espaço o verde que ali não tem, já que todo o percurso e exclusivamente para os carros dos comércios da Avenida.
Em 2016 traz mais desdobramentos da “Revoada” com, “objeto 2 em 1” a casa e o objeto lúdico onde as pessoas podem interagir ouvir o som deslocado do ambiente esterno trazido para dentro de um espaço idealizado, criando o diálogo entre o homem e pássaro urbano, som forma e poesia completam esta instalação tri dimensional.
Nascido na capital Goiânia em agosto de 1984 Jhony Robson dos Santos teve contato com a arte em sua infância ao se identificar com os grafites nos anos 90 hoje é atuante nas ruas da cidade desenvolvendo ações lúdicas, intervenção urbana desde 2000, apresenta -se em espaços públicos atuando com performances circenses, grafite, Lambe-lambe, instalações, “Bulacha” é o nome artístico adotado pelo o multifacetário fazedor de coisas Atualmente participa de exposições coletivas nas quais apresenta o seu repertorio de trabalho trazendo o lúdico, a reutilização de materiais oriundos do lixo, somados a poética tornando-se um meio ao qual o artista se relaciona com o espectador diretamente sendo uma arte que cria espaços de vivencias encurtando a distância entre o transeunte e a obra de arte contemporânea que ocupa os mais diversos espaços.
Comentários
Postar um comentário