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Rua

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  RUA  Organizada através da parceria entre o espaço Rumos e a Arte Plena Casa Galeria, a exposição RUA faz parte da programação #FargooAnoTodo e contempla uma cartografia de múltiplas vias relacionada aos diversos territórios da RUA, desde seus aspectos históricos e sociais, aquilo vinculado a dinâmicas internas e emocionais, lugar de coalizão e imaginação política.  Pinturas, esculturas, colagens, grafites e pichações, compõem o cenário dentro e fora da galeria nesta exposição, que possui como uma de suas citações, o pintor e cronista visual Amaury Menezes. A seleção de artistas também conta com os nomes de: André Bragança, Bianca Rezende, Bulacha, Carlos Monaretta, Cássia Nunes, Diogo Rustoff, Dojla, Hortência Moreira, Itty, Kika, Larovski, Mury, Paulo Paiva, Reno, Wilson dos Santos, ZéCèsar e DJ Giras, trazendo a paisagem sonora, enfatizando a orbe musical no contexto urbano. A brancura do cubo branco, bem como seu papel metafórico no processo de produção de hegemonia...

Pouso no ar

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  Pouso no ar A efígie desta exposição individual articula-se partindo da gestualidade ligada a uma arquitetura íntima, de conhecimentos pessoais e experiências confessionais. Cius Lopes tem seu processo criativo vinculado a reflexão do desenho como um dispositivo associado ao risco, bem como à especulação do que é avesso e dobra, à alusão a vísceras e narrativas de intimidade concebidas a partir do quarto-ateliê do artista. Com o desejo de conduzir práticas de compreensão, oferecendo pontos de entrada nas reflexões sobre a arte para além da autoreferência, Cius traça rotas expressivas de devires, pela incitação do movimento, como forma de dar vazão às subjetividades individuais e coletivas apresentadas nesta mostra.  Seu desenho é concebido em uma perspectiva expandida de vetores de força, apostando em vias imprevisíveis de fazer, e em modos de criação mais libertos e justos. Porque enquanto as energias sistêmicas operam em um fluxo alinhado com os dispositivos de poder, nem ...

Obra Textil

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  A exposição ObraTêxtil explora as interseções entre a arte contemporânea e a tradição têxtil. Essas relações são tecidas nesse mutirão, de forma multidisciplinar, abrangendo tanto a matriz popular quanto a especulações sobre o têxtil em um campo ampliado. Os procedimentos e discursos presentes na exposição se entrelaçam em rede, refletindo o coetâneo. A exposição suspende essas tecituras no MAC Niterói, entrelaçando questões sociais, políticas e culturais em uma trama complexa. Seu propósito é costurar a memória coletiva, criando uma colcha com as histórias aqui compartilhadas. Essa iniciativa fortalece laços sociais e busca restaurar a esfera da revisão, das dívidas e das reparações. Assumindo aqui o ofício multipatas, o de tecer uma teia, a exposição se organiza em torno de três núcleos principais: “Tradição e Inovação”, “Arte e Ativismo” e “Afeto e Tecnologia”. Cada seção apresenta obras que exploram temas numerosos e profusos de maneira singular, mas todos os núcleos se confl...

Impulsos ao Insólito

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Impulsos ao Insólito traz à tona o resultado das perambulações de Rodrigo Flávio no Parque Macambira Anicuns. Lá, o artista encontra vestígios de oferendas, objetos religiosos e ícones de culto, e, sobre o que ali está depositado, se debruça poeticamente com seu olhar. Ele se deixa atravessar pelas passagens do tempo em nosso corpo, um tempo que avança, se prolonga e sempre retorna em um processo de lapidação no seu ato de evocação e criação. Essa experiência o levou a investigar a acumulação por meio da pintura e da especulação tridimensional, explorando as conexões entre espaço, forma e a transformação da matéria. As incursões por outras linguagens é frequente no processo do pintor, no pensamento que ele acolhe no compasso saturado de um espaço, também, em transfiguração. Nesse exercício que resulta de um centro conceitual simbólico, em constante movimento, Rodrigo Flávio busca o que resta de si mesmo, um resíduo, um transbordamento de sentidos, uma multiplicação simbólica e ...

FARGO

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(DESMONTAGEM)A Arte Plena – Casa Galeria, enquanto um espaço de proposição do encontro e da partilha entre artistas, curadores, pesquisadores, colecionadores e o público em geral, acredita que a arte é um campo profícuo para outros cultivos, investindo em relações mais ecológicas e, portanto, comunitárias.   Ao escolher atuar como catalizadora de fagulhas da transformação da paisagem social, política e cultural, ao mesmo tempo em que reitera o reconhecimento de que a arte não existe sem uma garantia social ou política, acredita que uma feira, como a FARGO, produz uma rede de operações de valores,   os quais afetam as economias materiais e simbólicas da gestão de vida.   Por esse motivo, o nosso desafio foi o de articular uma produção diversa sem, no entanto, reivindicar a distinção e a categorização como operações curatoriais, partindo, então, para uma metodologia que remonta aos mutirões e à recriação colaborativa.   Desse modo, o que interessa é especular s...

Acontecências: um ensaio contraescultórico

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Capra Maia A queda, 2023 Argila molhada sobre parede Dimensões variáveis   Capra Maia Sem título, 2023 Placas de barro cru Dimensões variáveis   Marcos Antony Costa Pinheiro   Babylonia, 2023 Material: Madeira pinnus Dimensão 130 cm 120 cm x 120 cm   As resistências críticas da escultura   Acontecências encena um diálogo espaço-conceitual, concebido especificamente para a o Rumos, entre os artistas Capra Maia e Antony. Seu subtítulo ‘ ensaio contraescultórico ’ inspira-se no prefácio escrito por Hubert Damisch para o texto O fotográfico (2002), de Rosalind Krauss e dilata-se para abarcar a acepção de experimento algo incerto, ‘em curso’, que tateia  e desbrava formas outras, que o vocábulo ‘ensaio’ comporta. Em seu texto, Damisch explora a radicalidade do pensamento de Krauss ao aproximar-se do fenômeno fotográfico e afirma que, em larga medida, o que ali se delineia criticamente configura-se como um ato de ‘pensar contra’ um...

Elegia

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  Elegia : As ‘formas-trauma’ em Carlos Ferro   Marco Antônio Vieira   As formas elegíacas são as formas de um trauma e é como aquilo que o trauma é (nada senão o que ele produziu, seus efeitos e reverberações), que se as vive nessa pequena e individual mostra do pensamento escultórico de Carlos Ferro. A concepção de Elegia , como evento expositivo, busca fazer as formas da escultura de Ferro ressoarem no espaço do Rumos a partir de como se articulam, para o exercício e esforço crítico-curatorial, uma imbricação ternária, a saber,   a escuta atenta do artista, aquilo que se encerra e se desprende de sua materialidade e de como se as costuram com a teoria, história e filosofia da arte para que produzam aquilo   que encapsula o acontecimento cênico que se nomeia Elegia e o texto que ora se lança na   aventura de evocar o que a experiência curatorial implica como vivência estética e exercício teórico e crítico.   O segundo-tempo de Elegia ...